[Bertrand] Russell disse certa vez, durante um jantar: “Ah, é inútil falar sobre coisas inconsistentes, pois a partir de uma proposição inconsistente você pode provar o que quiser.” Bem, é muito fácil demonstrar isso matematicamente. Mas, como de costume, Russell era muito mais simpático do que isso. Alguém que estava à mesa disse: “Ora, vamos!” Ele disse: “Bem, diga-me uma proposição inconsistente” e o homem: “Bem, digamos que seja 2=1.” “Certo,” disse Russell, “o que você quer que eu prove?” E o homem: “Quero que você me prove que é o papa.” “Por que”, respondeu Russell, “o papa e eu somos dois, mas dois é igual a um; portanto o papa e eu somos um.”— Jacob Bronowski, The Origins of Knowledge and Imagination [As origens do conhecimento e da imaginação], 1979
Seja verdade ou não, esse tipo de lógica apresentada por Russell durante um jantar é bastante conhecido por políticos e líderes religiosos. Diante de mentiras — formalmente chamadas de proposições inconsistentes —, eles são sempre capazes de aparecer com coisas que parecem verdadeiras, mas não são.
imagem original do Bule Voador, que tem uma série em homenagem a Russell
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