Nos idos de 1986, o Journal of Portfolio Management, jornal americano especializado em economia, publicou um artigo que à primeira vista parecia estranho para um periódico financeiro. O título era "Viagem no tempo é impossível? Uma prova financeira".
No artigo, o economista californiano Marc Reinganum observa que se alguém tivesse uma máquina do tempo, poderia ter uma grande capacidade de manipulação sobre investimentos e mercados de futuro. Tal pessoa poderia usar seu conhecimento dos fatos futuros para acumular lucros imensos.
Reinganum argumenta que se tal coisa acontecesse em larga escala, as taxas de juro acabariam chegando a zero (e isso seria juro real, e não aquele "juro zero" dessas promoções de fim-de-semana). Portanto, o fato de que ainda temos taxas de juro maiores que zero é uma prova de que viajantes do tempo não existem.
Porém, não se pode confiar muito nas previsões de um economista. Mesmo que a economia seja uma ciência exata, isso não garante mais exatidão em previsões futuristas. São famosos os casos de economistas que previam crescimento estável ou mesmo ilimitado às vésperas de uma crise financeira. Foi assim tanto em 1929 quanto em 2008.
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