Formalmente conhecida como Guerra Anglo-Zanzibari, o conflito bélico mais curto da história durou apenas 40 minutos. De um lado, a Real Marinha Britânica; de outro, as improvisadas forças de Zanzibar. O motivo? Os britânicos não gostavam do sultão que havia sido coroado no dia anterior.
Antecedentes Históricos
Embora a guerra tenha sido curta, a História por trás dela é longa. Zanzibar é uma pequena ilha na costa leste da África. Foi conquitada pelos portugueses em 1499, mas eles foram expulsos por navegadores árabes vindos de Omã em 1698. Desde então, a ilha passou a ser governada pelo sultão de Omã. Em 1858, com apoio dos ingleses, Majid bin Said declarou Zanzibar independente de Omã. A capital foi estabelecida na Cidade de Zanzibar, onde os sultões contruíram um Palácio real e um Harém à beira-mar.
Embora a guerra tenha sido curta, a História por trás dela é longa. Zanzibar é uma pequena ilha na costa leste da África. Foi conquitada pelos portugueses em 1499, mas eles foram expulsos por navegadores árabes vindos de Omã em 1698. Desde então, a ilha passou a ser governada pelo sultão de Omã. Em 1858, com apoio dos ingleses, Majid bin Said declarou Zanzibar independente de Omã. A capital foi estabelecida na Cidade de Zanzibar, onde os sultões contruíram um Palácio real e um Harém à beira-mar.
No dia 25 de agosto de 1896, morreu o sultão Hamad bin Thuwaini, sucedido no dia seguinte por Khalid bin Bargash. Hamad era grande amigo dos britânicos e após a morte dele, os ingleses preferiam que o novo governante fosse Hamud bin Muhammed, que também era pró-britânico.
De acordo com um tratado firmado entre os dois países em 1886 era que o todo novo sultão deveria ser aprovado pelo cônsul britânico. Como Khalid não era o escolhido, os ingleses consideraram que isto era um casus belli e mandaram um ultimato exigindo a renúncia do sultão recém-empossado. Em resposta, Khalid Bargash não só ficou no Palácio como mandou sua guarda palaciana montar barricadas e apontar armas para os navios da Real Marinha.
40 minutos e nada mais
Disposição da esquadra no porto de Zanzibar na manhã do dia 27 de agosto.
O ultimato esgotou-se às 9 da manhã de 27 de agosto. Os britânicos já tinham reunido, sob comando do contra-almirante Harry Hawson, três cruzadores, dois navios de guerra, 150 fuzileiros navais e marinheiros e 900 zanzibaris na área portuária, bem em frente ao Palácio do Sultão. Os zanzibaris, chefiados pelo General-de-brigada e ex-miltar britânico Lloyd Mathews, somavam 2800 homens. A maioria das forças de Zanzibar era formada por civis, guardas do palácio, funcionários públicos e até escravos.
Às 9h02min, as forças de Sua Majestade, a Rainha Vitória lançaram um bombardeio que, instantaneamente, incendiou e demoliu o Palácio do Sultão e parte do Harém. Em seguida, os navios britânicos afundaram o iate real e mais dois barcos menores. Algumas forças zanzibaris conseguiram atirar contra os ingleses, mas não acertaram. A bandeira do Palácio foi baixada por forças britânicas e o fogo cessou às 9h40min .
O Harém do sultão, semi-destruído após o bombardeio britânico.
As forças pró-Khalid somaram 500 baixas enquanto penas um marinheiro britânico foi ferido. Khalid recebeu asilo no consulado alemão e escapou para Tanganica. Rapidamente, os britânicos colocaram Hamud como sultão em um governo-fantoche. A guerra foi curta, mas marcou o fim de Zanzibar como Estado independente.
Atualmente, Zanzibar é um território pertencente à Tanzânia (ex-Tanganica). Após a derrota alemã na Primeira Guerra Tanganica passou para o domínio inglês.
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