Como o animal descrito nos contos dos nativos não se parecia com nada existente na fauna de Madagascar, os europeus consideraram o tretretretre como mais uma exótica crendice local. Porém, muito tempo depois, foram descobertos diversos fósseis do que seria uma explicação para o mito.
Megaladapis m., em uma reconstituição de 1902: um lêmure de 1,5m e 50kg |
Palaeopropithecus ingens: menor, mas com uma face mais “humana” |
Outros, porém, afirmam que o Palaeopropithecus ingens, descoberto em 1899, seria a inspiração por trás da lenda. O Palaeopropithecus era um lêmure um pouco menor que o Megaladapis e com uma face mais “humana”.
Seja como for, tanto o Megaladapis quanto o Palaeopropithecus ainda existiam quando um deles ou ambos passaram ao folclore malgaxe como tretretretre. Há até quem diga que alguns poucos desses animais teriam sobrevivido até meados do século XVI ou XVII, o que faria de Flacourt testemunha (involuntária) do fim de uma espécie e do início de uma lenda.
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