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domingo, 20 de setembro de 2009

O Paradoxo da Legítima Defesa

Suponha que eu e você estamos andando por uma viela escura e estreita. Você me explica que é errado matar uma pessoa inocente, mas seria moral e legalmente aceitável agir em legítima defesa e matar alguém que ameace minha vida.

Bem nesse momento, um assaltante surge do nada em meio às sombras – e você percebe que, pela minha posição em relação a você, não é possível que você se defenda sem me matar também.

Naquele momento, qual é a sua obrigação moral? Você não pode matar alguém inocente, mas naquela situação a minha presença é uma ameaça à sua vida, o que faz com que eu deixe de ser inocente e possa ser legalmente morto junto com o meliante.

Mas como não há imperativo para acabar com a minha vida, então eu não sou mais um obstáculo à sua autodefesa. Assim, eu voltaria a ser inocente e o meu assassinato seria injustificável.

Mas, fisicamente, a minha posição não muda e continua a atrapalhar a sua defesa, o que me torna ameaçador de novo e…

E assim por diante…

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