Em 1925, William Huffman patenteou um “balão para saltos” que poderia elevar seu usuário por alguns poucos metros. Na patente, Huffman profetizou o surgimento de um admirável mundo novo com sua invenção:
O balão é particularmente útil para pular sobre obstáculos naturais ou artificiais, como edifícios, árvores, rios, precipícios, e coisas assim; é um conveniente meio de obter rapidamente uma altitude considerável para fotografias e observações; é um meio conveniente e seguro para treinar aterissagens de pára-quedas e dar lições preliminares para estudantes de balonismo; é um modo conveniente de subir ágil e facilmente ao topo de árvores ou casas para inspecioná-los.
Usos não faltavam, mas o balão de Huffman acabou sendo usado em algo que seu inventor não havia planejado. Sem querer forçar o trocadilho, mas já forçando, essa patente patética literalmente decolou: houve uma verdadeira modinha de saltos com balões nos Estados Unidos do fim dos anos 1920. Até a revista Time dava instruções sobre o novo esporte aéreo: “Ande sobre o solo com o vento a seu favor, aproxime-se de uma cerca, dobre seus joelhos e pule levemente para o alto quando sentir o empuxo do balão. Você velejará sobre a cerca tão facilmente e aterrissará tão gentilmente que irá ficar surpreso.”
Alguns fãs parecem ter mesmo ficado com a cabeça nas nuvens. “Todas as casas legislativas” — alertava Frederick S. Hoppin, um entusiasta do invento de Huffman — “ficarão bastante ocupadas tentando aprovar leis proibindo as pessoas de deixar a terra tão facilmente ou regras para o lado certo de subir ou descer nas calçadas. E depois teremos toda uma nova etiqueta: você deveria ultrapassar uma dama por baixo ou pelo lado?”
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