Muitos autores começam um livro com um prefácio (ou uma introdução, um prólogo, um prelúdio ou um intróito). Em todo caso, é comum que o autor diga que em algum lugar do livro há um erro. Mas os autores que escrevem esse tipo de aviso acreditam ou não no que escrevem?
Se o autor questionar cada sentença do livro individualmente com um "Isto aqui é um erro?", ele sempre responderá "Não". Por que o autor acredita que cada sentença que ele escreve é verdadeira, não-falsa, livre de erros.
Mas se o autor acredita que cada uma de suas sentenças é verdadeira, ele não deveria crer também que todas as sentenças são verdadeiras? Uma coletânea de sentenças — isto é, um livro — dentro da qual nenhuma é errada não tem erro algum. O autor sempre acredita que seu livro é uma coleção de sentenças assim, sem erros.
Ainda assim, o autor crê também que em algum lugar do livro ele poder ter cometido um erro. Ciente de sua falibilidade, ele acredita que nem toda sentença de seu livro é verdadeira, pois em algum lugar do livro há um erro.
O que é realmente curioso sobre isso tudo é notar que o autor tem, simultaneamente, crenças incompatíveis, inconsistentes entre si. Mesmo assim, o autor age de forma perfeitamente racional ao crer que seu livro tem e não tem erros, por que isso é verdade.
Se o autor questionar cada sentença do livro individualmente com um "Isto aqui é um erro?", ele sempre responderá "Não". Por que o autor acredita que cada sentença que ele escreve é verdadeira, não-falsa, livre de erros.
Mas se o autor acredita que cada uma de suas sentenças é verdadeira, ele não deveria crer também que todas as sentenças são verdadeiras? Uma coletânea de sentenças — isto é, um livro — dentro da qual nenhuma é errada não tem erro algum. O autor sempre acredita que seu livro é uma coleção de sentenças assim, sem erros.
Ainda assim, o autor crê também que em algum lugar do livro ele poder ter cometido um erro. Ciente de sua falibilidade, ele acredita que nem toda sentença de seu livro é verdadeira, pois em algum lugar do livro há um erro.
O que é realmente curioso sobre isso tudo é notar que o autor tem, simultaneamente, crenças incompatíveis, inconsistentes entre si. Mesmo assim, o autor age de forma perfeitamente racional ao crer que seu livro tem e não tem erros, por que isso é verdade.
E, pensando bem, esse paradoxo também se aplica a esse texto.
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