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domingo, 10 de abril de 2011

Uma coincidência “estranha demais para se acreditar”

Sendo o mundo um lugar tão vasto e tão cheio de gente diferente, deve ser um tanto assustador encontrar alguém em uma situação tão dramática e idêntica quanto um ponto decisivo de sua vida. Foi o que aconteceu com Augustus Hare:

No aniversário de minha adoção, todos fomos até Mannheim. Jantamos no mesmo hotel onde, dezessete anos antes eu, aos 14 meses de idade, fui entregue à minha tia. Ela também era minha madrinha, e eu iria viver com ela para sempre, como se fosse seu próprio filho. Nunca mais vi meus pais. Eu insisto nisso por que uma das mais estranhas coincidências da minha vida — quase estranha demais para se acreditar — aconteceu nesse dia em Mannheim.
Ao anoitecer, quando chegamos à estação, esperamos por bastante tempo até o trem chegar. Na plataforma havia uma pobre mulher, chorando amargamente, com uma criança pequena em seus braços. Emmie Penrhyn, que era moça de bom coração, foi até lá e perguntou se a mulher estava em grande problema. “Sim”, disse a mulher. “É sobre minha pequena criança. Meu pequeno filho, que só tem 14 meses, está indo embora de mim para sempre no trem que vai chegar. Ele vai ser adotado por sua tia, que também é madrinha dele. E eu nunca, nunca mais irei vê-lo novamente.” Era uma adoção sob as mesmíssimas circunstâncias daquela que nos levara de volta a Mannheim após dezessete anos! — Agustus Hare, The Story of My Life, vol. I, pp. 303-304, 1896

Augustus John Cuthbert Hare (1834-1903) foi um escritor e folclorista inglês. Nascido em Roma, ele realmente foi adotado por uma tia que o levou para Oxford, Inglaterra. Sua autobiografia é monumental: são seis volumes publicados entre 1896 e 1900 e cada um tem mais de 400 páginas!

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