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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O paradoxo do acionista honesto

Um acionista em meio a uma crise de consciência?

Suponha que você tenha  ações de uma companhia e que você descobriu que ela age de maneira imoral (digamos que ela explore mão-de-obra em condições de escravidão). Você decide, então, vender seus títulos. Mas será que isso é moralmente correto? 

Se possuir as ações de tal companhia lhe parece moralmente condenável por torná-lo co-responsável pela conduta da empresa, vendê-las para outra pessoa também pode ser um ato imoral. O comprador pode não perceber que a ação está moralmente podre, mas você tem consciência disso (e ainda tem lucro com aquelas ações “sujas”).

Mesmo renunciar à propriedade das suas ações, devolvendo-as à empresa, pode ser imoral. Isso levaria a uma redistribuição do valor da empresa entre os demais acionistas, o que aumenta a culpabilidade moral deles. Nesse caso, é possível ter uma saída honesta do mercado de ações?

(Steve M. Cahn, “A Puzzle Concerning Divestiture” [“Um Problema em Relação ao Desinvestimento”], Analysis, 1987)

Um comentário:

Este espaço destina-se à ampliação das dimensões apresentadas no texto através uma discussão civilizada - o que exclui comentários que contenham ofensas pessoais ou qualquer tipo de preconceito (por cor, crença religiosa ou falta crença, gênero ou orientação sexual).

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