Para um gentleman, não há nada mais deselegante que naufragar durante uma viagem transatlântica e acabar com o chapéu e o bigode molhados e ainda ter seu charuto apagado pelo mar. Foi pensando nisso que um tal de Camille Krejci, de Scranton, Pensilvânia, inventou um colar-salva-vidas por volta de 1870.
Trata-se simplesmente de uma bóia — talvez feita com a recém-inventada borracha — e que é inflada em caso de naufrágio de modo a manter a cabeça do usuário acima da água até que o resgate chegue. A ideia não parece tão patética à primeira vista, já que as viagens transatlânticas (e os acidentes decorrentes) tornar-se-iam cada vez mais comuns no último quarto do século XIX.
Trata-se simplesmente de uma bóia — talvez feita com a recém-inventada borracha — e que é inflada em caso de naufrágio de modo a manter a cabeça do usuário acima da água até que o resgate chegue. A ideia não parece tão patética à primeira vista, já que as viagens transatlânticas (e os acidentes decorrentes) tornar-se-iam cada vez mais comuns no último quarto do século XIX.
No entanto, essa patente pode ser bastante patética quando se lembra que o resgate podia levar uns quatro ou cinco dias para chegar ao distinto cavalheiro. O lado bom é que ele ainda vai poder fumar os charutos que conseguir salvar (como acendê-los em tal condição fica como um exercício para o leitor). Evidentemente, tudo isso só é possível se o local do desatre marítimo não for habitado por tubarões ou outras feras marinhas.
A patente, de nº. 100.906, emitida em 15 de março de 1870 é tão antiga que não tem muito mais do que um par de desenhos e uma brevíssima descrição do invento.
A patente, de nº. 100.906, emitida em 15 de março de 1870 é tão antiga que não tem muito mais do que um par de desenhos e uma brevíssima descrição do invento.
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