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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Na ponta dos dedos


Movido pelo ideal da inclusão social dos cegos, Edward B. Kaplan teve uma ideia brilhante em 1995: uma máquina caça-níqueis em braille.

Um conjunto de pinos corresponde a cada roda da máquina. Enquanto as rodas da fortuna giram, os pinos mudam, permitindo que o apostador desprovido de visão sinta a emoção do jogo. Se o jogador ganhar, a máquina avisa com uma vibração.

Entretanto, a invenção parece ainda mais engenhosa. Ao menos para os cassinos. Qualquer ganho é retido na máquina até que o apostador consiga apertar um botão de pagamento. Conforme o texto da patente: “Isso também vai impedir qualquer roubo por terceiros” caso o jogador não enxergue.

O mais irônico, porém, é que se você não gosta dessa ideia, você não quer que os ceguinhos se divirtam em Las Vegas (o que é preconceito). Mas se você apoia esse invenção, quer que os ceguinhos percam dinheiro (o que é sacanagem).

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