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terça-feira, 30 de setembro de 2008
Novidades, Novidades
O hypercubic passou por pequenas modificações nos últimos dias. Agora temos uma imagem no cabeçalho, posts resumidos, sistema de avaliação e comentários (opiniões) logo abaixo dos posts. Entretanto, os posts resumidos, que tanto queria implementar (eu tenho o hábito de escrever demais às vezes), só funcionam nos posts mais recentes. Os posts antigos - inclusive as tirinhas Cectic - têm o link Continue mas há redirecionamento. Ainda não sei como resolver o problema e não tenho tempo de refazer todos os posts. Espero que gostem das mudanças e desde já agradeço a compreensão de todos e se alguém souber de uma solução para o problema dos posts resumidos, avise nos comentários.
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sábado, 27 de setembro de 2008
As verdadeiras vítimas do aborto
A polêmica em torno do aborto no Brasil é grande. A oposição à descriminalização do aborto é baseada, principalmente em questões puramente religiosas e machistas. O clero católico, principal voz contra o aborto é formado exclusivamente por homens que nunca saberão o que é ter um filho nem o que é ter que sustentar uma família em condições precárias. Esses mesmos homens, porém, não oferecem uma alternativa segura às mulheres, uma vez que a Igreja Católica condena o uso de qualquer método contraceptivo, seja ele físico (camisinhas) ou químico (anticoncepcionais). Muitos homens, infelizmente ainda vêem as mulheres como seres inferiores destinados exclusivamente à geração de herdeiros. Esses homens, independentemente de suas crenças religiosas, também são contra o aborto.
A lei que proíbe o aborto no Brasil é o Código Penal de 1940, em seus artigos 124, 125, 126, 127 e 128. Entretanto, mesmo com essa lei, os abortos clandestinos são comuns e põem em risco a vida de milhões de mulheres – adultas, já com uma vida formada e não apenas fetos com uma vida “em potencial”. Segundo dados da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, publicados pelo Ministério da Saúde em março de 2004, 31% de gestações terminam em aborto. Isso representa aproximadamente 1,4 milhão de abortamentos, entre espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos. Segundo a fonte já citada, em 2002 foi registrado o alto – e ignorado – índice de 53,77 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, devido a complicações na gestação, no parto ou no puerpério (período de 42 dias após o parto). As principais causas mortes maternas são a hipertensão, a hemorragia, a infecção puerperal e o aborto. Entretanto, a própria Área Técnica de Saúde da Mulher faz uma importante ressalva: os casos de mortes por abortamento podem ter sido maiores, já que muitas vezes as complicações decorrentes do aborto são registradas como hemorragias e infecções, o que pode camuflar as estatísticas de mortes maternas por abortamentos realizados de maneira precária, sem as menores condições de higiene.
Dados do SUS indicam que em 2004 foram realizados 1.600 abortos legais em 51 serviços especializados do SUS ao custo de R$ 232 mil. No mesmo ano, ocorreram no SUS 244 mil internações motivadas por curetagens pós-aborto - entre estes abortamentos espontâneos ou voluntários e feitos na clandestinidade - orçadas em R$ 35 milhões. Se fizermos os cálculos veremos que cada aborto legalizado (aqueles realizados após estupros ou em casos em que a mãe corre risco de vida) custa R$ 145,00. Os custos com cada internação pós-aborto clandestino são de R$ 143,44. Se o aborto fosse legalizado não haveria grande aumento dos gastos públicos com saúde e centenas, talvez milhares de mulheres seriam salvas.
A proposta de legalização do aborto, ao contrário do que afirmam alguns reacionários, não é irrestrita. Ninguém quer um genocídio de bebês praticamente formados, aos nove meses de gestação. A grande divergência se dá quando quer fixar um início para a vida humana. A maioria da comunidade científica, por exemplo, afirma que a vida humana só começa na 10ª. Semana de gestação (mais ou menos na metade do segundo mês), quando começa a se formar o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal). Só a partir de tal estágio é que há (algum nível de) consciência e, portanto, só após esse estágio o embrião sentiria as dores do aborto. Um aborto após as 10 semanas seria realmente inaceitável e, a meu ver, aí sim seria um assasinato, pois antes desse período o embrião humano é completamente indistinto do de qualquer outro animal. Aqueles que afirmam que a Constituição Federal garante o direito à vida esquecem-se que a Carta Magna não afirma quando a vida começa. Quem afirma que o início na vida se dá na concepção são os líderes religiosos, por razões puramente religiosas, e, portanto, de cunho estritamente pessoal. Entretanto, nenhum desses líderes religiosos comemora o aniversário na data de concepção e isso deve significar alguma coisa.
As mulheres devem sim ter direito de escolha. Descriminalizar o aborto não quer dizer que todas as mulheres que engravidarem vão resolver abortar. Somente aquelas em condições socioeconômicas precárias, que não apresentam condições financeiras nem psicológicas de se tornarem mães recorrem ao aborto e põem em risco a própria vida também. É um ato de desespero num momento difícil. Muitas dessas mães abrem mão do sonho da maternidade por complexas questões sociais e econômicas. Nenhuma delas acorda alegremente num dia e diz: “Oba, hoje é dia do meu aborto!”. Essas mães desamparadas enfrentam opressões psicológicas diante de tão dolorosa decisão. Se o aborto fosse legal e pudesse ser praticado livremente em hospitais, tais mulheres, antes de abortar, poderiam receber um importante apoio psicológico que lhes aliviaria o sofrimento e poderia fazê-las mudar de idéia. Dentro de um hospital as mulheres que desejassem abortar por que não têm condições financeiras poderiam ser encaminhadas ao serviço de assistência social e receber algum apoio em troca do aborto evitado.
O aborto, até as 10 semanas de gestação, seria mais uma opção num país onde o sistema educacional é ineficiente e a educação sexual é falha – e que ainda é atrapalhada pela visão de mundo equivocada da Igreja Católica. Os homens machões do Brasil muitas vezes recusam-se a usar camisinha. Depois que a mulher engravida, ela é abandonada pelo parceiro e a culpa é apenas dela. Muitas vezes até mesmo a própria família abandona a jovem que engravida precocemente por que isso “mancha” a honra da família. Como vimos, as mulheres são as verdadeiras vítimas na complexa questão do aborto. Elas também morrem ao se arriscar num procedimento abortivo clandestino. Nós só queremos defendê-las e apoiá-las.
Dados do SUS indicam que em 2004 foram realizados 1.600 abortos legais em 51 serviços especializados do SUS ao custo de R$ 232 mil. No mesmo ano, ocorreram no SUS 244 mil internações motivadas por curetagens pós-aborto - entre estes abortamentos espontâneos ou voluntários e feitos na clandestinidade - orçadas em R$ 35 milhões. Se fizermos os cálculos veremos que cada aborto legalizado (aqueles realizados após estupros ou em casos em que a mãe corre risco de vida) custa R$ 145,00. Os custos com cada internação pós-aborto clandestino são de R$ 143,44. Se o aborto fosse legalizado não haveria grande aumento dos gastos públicos com saúde e centenas, talvez milhares de mulheres seriam salvas.
A proposta de legalização do aborto, ao contrário do que afirmam alguns reacionários, não é irrestrita. Ninguém quer um genocídio de bebês praticamente formados, aos nove meses de gestação. A grande divergência se dá quando quer fixar um início para a vida humana. A maioria da comunidade científica, por exemplo, afirma que a vida humana só começa na 10ª. Semana de gestação (mais ou menos na metade do segundo mês), quando começa a se formar o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal). Só a partir de tal estágio é que há (algum nível de) consciência e, portanto, só após esse estágio o embrião sentiria as dores do aborto. Um aborto após as 10 semanas seria realmente inaceitável e, a meu ver, aí sim seria um assasinato, pois antes desse período o embrião humano é completamente indistinto do de qualquer outro animal. Aqueles que afirmam que a Constituição Federal garante o direito à vida esquecem-se que a Carta Magna não afirma quando a vida começa. Quem afirma que o início na vida se dá na concepção são os líderes religiosos, por razões puramente religiosas, e, portanto, de cunho estritamente pessoal. Entretanto, nenhum desses líderes religiosos comemora o aniversário na data de concepção e isso deve significar alguma coisa.
As mulheres devem sim ter direito de escolha. Descriminalizar o aborto não quer dizer que todas as mulheres que engravidarem vão resolver abortar. Somente aquelas em condições socioeconômicas precárias, que não apresentam condições financeiras nem psicológicas de se tornarem mães recorrem ao aborto e põem em risco a própria vida também. É um ato de desespero num momento difícil. Muitas dessas mães abrem mão do sonho da maternidade por complexas questões sociais e econômicas. Nenhuma delas acorda alegremente num dia e diz: “Oba, hoje é dia do meu aborto!”. Essas mães desamparadas enfrentam opressões psicológicas diante de tão dolorosa decisão. Se o aborto fosse legal e pudesse ser praticado livremente em hospitais, tais mulheres, antes de abortar, poderiam receber um importante apoio psicológico que lhes aliviaria o sofrimento e poderia fazê-las mudar de idéia. Dentro de um hospital as mulheres que desejassem abortar por que não têm condições financeiras poderiam ser encaminhadas ao serviço de assistência social e receber algum apoio em troca do aborto evitado.
O aborto, até as 10 semanas de gestação, seria mais uma opção num país onde o sistema educacional é ineficiente e a educação sexual é falha – e que ainda é atrapalhada pela visão de mundo equivocada da Igreja Católica. Os homens machões do Brasil muitas vezes recusam-se a usar camisinha. Depois que a mulher engravida, ela é abandonada pelo parceiro e a culpa é apenas dela. Muitas vezes até mesmo a própria família abandona a jovem que engravida precocemente por que isso “mancha” a honra da família. Como vimos, as mulheres são as verdadeiras vítimas na complexa questão do aborto. Elas também morrem ao se arriscar num procedimento abortivo clandestino. Nós só queremos defendê-las e apoiá-las.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Cectic 22 - Em outras palavras...
A tirinha a seguir define muito bem o que é o criacionismo: uma troca dissimulada de termos para tentar transformar a doutrinação religiosa numa teoria científica...
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Não posso deixar de transcrever aqui uma um pouco da melhor definição de criacionismo, feita por Isaac Asimov num artigo publicado na New York Times Magazine de 14/06/1981 e que continua muito atual:
"Uma teoria (da maneira como a palavra é usada pelos cientistas) é uma descrição detalhada de alguma faceta do funcionamento do universo que é baseada em longa observação e experimentação e que tem sobrevivido ao estudo crítico dos cientistas em geral.
Por exemplo, temos a descrição da natureza celular dos organismos vivos (a 'teoria das células'); de objetos que se atraem mutuamente de acordo com uma regra fixa (a 'teoria da gravitação'); da energia agindo em quantidades discretas (a 'teoria quântica'); da luz viajando através do vácuo a uma velocidade fixa e mensurável (a 'teoria da relatividade'), e assim por diante.
São todas teorias; são todas firmemente fundamentadas; são todas aceitas como descrições válidas deste ou daquele aspecto do universo. Elas não são nem palpites nem especulações. E nenhuma é melhor fundamentada, examinada mais de perto, mais questionada criticamente e mais largamente aceita do que a teoria da evolução. Se ela é “apenas” uma teoria, isso é tudo o que ela tem que ser.
O criacionismo, por outro lado, não é uma teoria. Não há nenhum indício, cientificamente falando, que a apóie. O criacionismo, ou pelo menos a variedade particular aceita por muitos americanos, é uma expressão de uma lenda dos primórdios do Oriente Médio. Ela é descrita com justiça como 'apenas um mito'."
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sábado, 20 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
2012 e a verdadeira profecia maia
Mais um fim-do-mundo passou. No último dia 10 de setembro, quarta-feira, o LHC foi ligado e, apesar dos temores de muitos analfabetos científicos e misticóides o mundo não acabou [1] - de novo. É sempre a mesma velha história: algum movimento místico/religioso "escolhe" uma data para a chegada do tão aguardado fim-do-mundo. Criam-se expectativas. Parte da mídia, a inútil e semi-analfabeta imprensa marrom faz a festa, por assim dizer, e se aproveita dos mais crédulos. Isso, é claro, quando não criam uma imensa tempestade em copo d'água com algum experimento científico que a maioria simplesmente não compreende. Foi o que aconteceu com o Grande Colisor de Hádrons.
Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age que profetiza o fim dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia.
__________
Agora as expectativas se voltam para 2012. Sim, eis o próximo fim-do-mundo! Por quê 2012? Por que foi escolhido pelos místicos, oras! Desta vez é o famoso movimento New Age que profetiza o fim dos tempos. Eles se baseiam agora no calendário de Contagem Longa dos maias. Ou melhor, se baseiam num suposto fim do calendário maia.
Os maias, na verdade, usavam três calendários, todos organizados como hierarquias de ciclos de dias com várias durações. A Contagem Longa era o principal calendário para fins históricos. O Haab era o calendário civil, e o Tzolkin, o religioso. Todos os calendários maias são baseados apenas na contagem serial de dias, ou seja, não são calendários sincronizados ao Sol ou à Lua. Apesar disso, tanto a Longa Contagem quanto o Haab contém ciclos de 360 e 365, respectivamente, valores muito próximos número de dias do ano solar. Por basear-se apenas na contagem dos dias, a Longa Contagem é muito parecida com o sistema de dias julianos e outras representações modernas de datas e tempo. Também é interessante notar que tal calendário conta a partir do zero. Os maias foram o primeiro povo a usar o zero.
Tabela 1 – hierarquias da Longa Contagem Maia | |||
Ciclo | Equivale a | Total de Dias | Anos
|
kin | - | 1 | - |
uinal | 20 kin | 20 | - |
tun | 18 uinal | 360 | 0,986 |
katun | 20 tun | 7200 | 19,7 |
baktun | 20 katun | 144.000 | 394,3 |
pictun | 20 baktun | 2.880.000 | 7.885 |
calabtun | 20 piktun | 57.600.000 | 157.704 |
kinchiltun | 20 calabtun | 1.152.000.000 | 3.154.071 |
alautun | 20 kinchiltun | 23.040.000.000 | 63.081.429 |
A Longa Contagem é organizada de acordo com a hierarquia de ciclos mostrada na Tabela 1 (acima). Cada ciclo é composto de 20 unidades do ciclo anterior, com exceção do tun, que é composto de 18 uinal de 20 dias cada. Isso resulta num tun de 360 dias, o que é uma boa aproximação com o ano solar, tendo em vista que outros povos antigos, como os romanos, usavam um calendário exclusivamente baseado no ciclo solar, com 360 dias.
Na verdade, os maias acreditavam que ao fim de cada ciclo pictun, equivalente a 7.885 anos, o universo seria destruído e recriado. Esta é a verdadeira profecia maia. Para os que ainda acreditam nisso, tal ciclo só acabará em 12 de outubro de 4772 no calendário gregoriano utilizado atualmente – bastante distante de 2012, não é mesmo? Os místicos da New Age não iriam ganhar dinheiro se escrevessem livros sobre a verdadeira profecia maia – que, muito provavelmente não vai se realizar, assim com também já falharam as diversas previsões sobre os anos 202 (feita pelos cristãos), 500 (cristãos), 1000 (católicos), 1844 (adventistas), 1914 (testemunhas de Jeová), 1925 (testemunhas de Jeová), 1975 (testemunhas de Jeová), 1999 (Nostradamus) e 2000 (quase todo mundo).
Na verdade, os maias acreditavam que ao fim de cada ciclo pictun, equivalente a 7.885 anos, o universo seria destruído e recriado. Esta é a verdadeira profecia maia. Para os que ainda acreditam nisso, tal ciclo só acabará em 12 de outubro de 4772 no calendário gregoriano utilizado atualmente – bastante distante de 2012, não é mesmo? Os místicos da New Age não iriam ganhar dinheiro se escrevessem livros sobre a verdadeira profecia maia – que, muito provavelmente não vai se realizar, assim com também já falharam as diversas previsões sobre os anos 202 (feita pelos cristãos), 500 (cristãos), 1000 (católicos), 1844 (adventistas), 1914 (testemunhas de Jeová), 1925 (testemunhas de Jeová), 1975 (testemunhas de Jeová), 1999 (Nostradamus) e 2000 (quase todo mundo).
Tabela 2 – hierarquias do Calendário Gregoriano | |||
Ciclo | Equivale a | Total de Dias | Anos |
dia | 1 dia | 1 | 0,0027 |
mês | 28, 29, 30 ou 31 dias | de | 0,0833 |
ano | 12 meses | 365,25 | 1 |
década | 10 anos | 3652,5 | 10 |
século | 100 anos | 36525 | 100 |
milênio | 1000 anos | 365250 | 1000 |
Por outro lado, 2012 vai ser mesmo um ano de mudança no calendário maia e é nisso que se baseiam as presentes previsões místicas. Para os místicos o fim do mundo chegará em 21 de dezembro de 2012. Mas na verdade, se convertermos esta data para o calendário maia de Longa Contagem, obteremos o seguinte resultado: 13.0.0.0.0. Isso significa que esse será apenas o início do 13º ciclo baktun. Se compararmos a hierarquia maia à nossa hierarquia gregoriana (Tabela 2), veremos que um baktun com 394,3 anos, é mais ou menos equivalente ao nosso século. Será apenas o início do século 13 para os maias, enquanto nós já estamos, de acordo com nossa contagem, no século 21. Isso tudo acontece apenas por que são meios diferentes de contar o tempo, que além disso começaram a ser contados em épocas distintas.
Mas, então, por quê 21 de dezembro de 2012 foi escolhido pelos místicos? A resposta é simples e óbvia: superstição. Como vimos, essa data corresponde a 13.0.0.0.0. O que está acontecendo com o pessoal da New Age é o velho medo do número 13. Só isso. E, pior, tem muito charlatão ganhando bastante dinheiro em cima disso[2], vendendo livros que são verdadeiros best-sellers e que nem mesmo se referem à verdadeira profecia maia! Não seja enganado! 2012 vai ser um ano como outro qualquer! Até lá!
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Mas, então, por quê 21 de dezembro de 2012 foi escolhido pelos místicos? A resposta é simples e óbvia: superstição. Como vimos, essa data corresponde a 13.0.0.0.0. O que está acontecendo com o pessoal da New Age é o velho medo do número 13. Só isso. E, pior, tem muito charlatão ganhando bastante dinheiro em cima disso[2], vendendo livros que são verdadeiros best-sellers e que nem mesmo se referem à verdadeira profecia maia! Não seja enganado! 2012 vai ser um ano como outro qualquer! Até lá!
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Notas:
[1] Na verdade o LHC só foi "testado". Como é uma máquina nova ainda vai ser "amaciado" com novos testes em outubro e novembro. Só vai funcionar em potência máxima em meados de 2009. E já tem gente remarcando o fim do mundo para o ano que vem...
[2] Isso por que esse pessoal da New Age é completamente desapegado aos bem materiais... Imaginem se fossem materialistas...
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Leituras Recomendadas:
1) Sobre o LHC - Eu ia dedicar um post só para o LHC, mas já há um rico material sobre o assunto na internet (que foi criada no CERN):2) Sobre a profecia maia - Matéria na versão on-line da revista Galileu sobre a paranóia mística com o ano 2012.
- Sobre os custos: o glúon apresenta uma comparação dos custos do LHC com as despesas de outras megaestruturas.
- O quê, como, onde e por quê do LHC está no excelente 100 nexos.
- E para aqueles que ainda acreditam que o LHC é a máquina do fim-do-mundo, é melhor passar a ter uma dúvida razoável.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Construindo o Futuro
Eis o pior pesadelo dos peões de obra: robôs na construção civil!!!
Eis algumas das minhas conclusões (ou dúvidas) pessoais:
Basicamente, é um sistema robotizado de injeção e modelagem (extrusão) de concreto. Tal máquina tem sua ideia baseada no mesmo princípio da impressora de jato de tinta - só que em três dimensões. O processo é chamado de "modelagem de contorno" e é capaz de criar um edifício em questão de horas.
Tal invenção ainda está sendo projetada e testada em escala por Behrokh Koshnevis e equipe, na University of Southern California (Universidade do Sul da Califórnia). Os equipamentos já existentes são capazes de criar, automaticamente, paredes de até 1,82 m. de altura. O projeto conta com apoio e finaciamento da gigante Carterpillar, que atua no ramo de máquinas pesadas.
Nas palavras do próprio Koshnevis:
Tal invenção ainda está sendo projetada e testada em escala por Behrokh Koshnevis e equipe, na University of Southern California (Universidade do Sul da Califórnia). Os equipamentos já existentes são capazes de criar, automaticamente, paredes de até 1,82 m. de altura. O projeto conta com apoio e finaciamento da gigante Carterpillar, que atua no ramo de máquinas pesadas.
Nas palavras do próprio Koshnevis:
"O grande desafio em nosso centro tecnológico é construir uma casa com projeto customizado em um dia, reduzindo drasticamente os custos, os ferimentos, o desperdício e o impacto ambiental associados à construção tradicional. Poderíamos prover moradias mais acessíveis e até mesmo construir edificações extraterrenas com materiais disponíveis no local..."
Não é de se surpreender que até a Nasa esteja interessada no projeto. Com ele seria possível construir bases na Lua sem a necessidade de levar astronautas até lá. Uma possível missão tripulada do futuro poderia encontrar abrigos prontos. Obviamente, os custos também seriam mais baixos.
O vídeo a seguir apresenta o trabalho das máquinas em escala e em seguida, animações de computação gráfica mostram como seria o trabalho de verdade, usando dois sistemas diferentes: um fixo (grande e sobre trilhos) e outro móvel (pequeno e sobre rodas).
Eis algumas das minhas conclusões (ou dúvidas) pessoais:
- Será que tal equipamento seria economicamente viável, com produção em larga escala?
- Se uma impressora comum pode travar, quem garante que isso não pode acontecer com esse sistema? Imaginem se um troço desses "pega" um vírus? Teria de ser um vírus especializado, porém. Coisa feita especialmente para sabotar. Algo com espírito ludista.
- Consequências sócio-econômicas: A construção civil é um ramo da indústria que emprega muito. Se sistemas robotizados, como esse, chegarem ao setor, o que será dos peões-de-obra?
- Tal sistema, por outro lado, parece ser ideal para a construção de casas populares - projetos que exigem simplicidade e rapidez na execução.
- As animações não mostram, mas tais edificações devem ser dotadas de fundações se quiserem ser tecnicamente viáveis. As fundações também seriam feitas de modo automático?
- Os terrenos teriam que ser necessáriamente planos? Robôs com rodas não lidam muito bem com terrenos irregulares - os trilhos do sistema "fixo" também não.
- E quanto às paredes? Seriam inteiriças, certo? Como se comportariam tais paredes durante longos períodos de tensão causada pelo peso e variações térmicas, além da trepidação causada pelo tráfego? Uma parede comum, de tijolos, é relativamente flexível e, por isso, me parece mais durável.
Vi no HypeScience.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Cectic 14 - À Espera de um milagre
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Para quem não sabe, a "salvação" do último quadrinho é o Monstro do Espaguete Voador, uma paródia de deus criada para combater o avanço do criacionismo nos EUA.
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