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domingo, 31 de outubro de 2010

A última ficha

No funeral de Frank Sinatra, seus amigos e parentes foram convidados a deixar objetos de significado especial no caixão dele. Entre esses objetos, estariam:
  • diversos caramelos Tootsie Rolls 
  • um pacote de chiclete Black Jack 
  • um anel com a palavra Dream gravada 
  • uma mini-garrafa de Jack Daniel's 
  • um maço de Camel e um isqueiro Zippo 
  • e... 10 centavos.
Só 10 centavos?? Pra quê?? 

Tina, filha de Sinatra, explicou: "Ele nunca quis ser pego sem poder fazer uma chamada de telefone." Ah, tá. Agora caiu a ficha.

sábado, 30 de outubro de 2010

Isso é escolha?

Nunca antes na história deste país tivemos uma eleição tão baixa. Ambos os lados acusam-se mutuamente, culpando um ao outro pela baixaria. Parecem incapazes de raciocinar e perceber que isso é que é baixaria. Muito se tem escrito, dentro e até fora do país, sobre o amadurecimento da democracia brasileira. Eu já disse antes do primeiro turno que discordo disso. A voracidade e a pseudo-polarização desta campanha demonstram justamente o contrário. Pois a oposição nunca soube se comportar como tal e o governo nunca deixou de ser politicamente violento, mesmo diante de uma oposição dúbia.

Quando PT e PSDB tiveram que assumir os papéis que lhes cabiam nesse pleito, ambos exageraram na dose, como um ator que não é capaz de mergulhar no personagem. Petistas e tucanos só fizeram mímicas e agiram literalmente como palhaços.

De um lado, volta o discurso da “herança maldita”, da História ignorada e reescrita a cada discurso: “Nunca antes na história deste país...”; que fala dos milhões que tirou da pobreza, mas nada diz sobre os milhões desviados para acabar com a própria pobreza e ainda comprar apoio — tudo em nome da “governabilidade”, coisa que nem os militares inventaram. De outro, uma oposição sempre indecisa e dividida, que ora tenta colar sua imagem na de Lulla, ora parte para o ataque que nunca fez à corrupção institucionalizada desde 2005; que cometeu erros políticos claros ao se fechar em si mesma e ao conduzir um duvidoso processo de escolha dos candidatos à presidência e, principalmente, à vice-presidência.

No meio de tudo isso, surge do nada a questão do aborto, tratada da mesma forma que as demais pelos dois candidatos (que de cândidos não têm nada). Em vez de assumir suas verdadeiras posturas — ambos foram, em diferentes momentos e em maior ou menor grau, favoráveis ao aborto do ponto de vista da saúde pública — e apresentar seus verdadeiros programas de governo, Serra e Dilma passaram a se acusar mutuamente e a correr atrás das bênçãos (e dos votos) de bispos evangélicos e/ou católicos. E quando até o papa se mete na marmelada, eles dizem cinicamente que cada um pensa o que quer, que os bispos não podem se meter na política por que o Brasil é um Estado laico...

Serra e Dilma são tão iguais que precisam insuflar a velha militância violenta e intolerante para se diferenciar. Felizmente, a artilharia não passou de rolos de fita adesiva e balões de água. Mas não seria difícil armar uma guerra civil num país que tem MST, tráfico-Estado e milícias para-militares. Se eles compram até parlamentares, como é que não podem comprar esses criminosos?

Novamente, a democracia brasileira não está amadurecida; está em plena adolescência traumática, ameaçada pelos hormônios do radicalismo e da ignorância política (e até religiosa). Os dois presidenciáveis querem apenas gerenciar por que acham difícil ser estadista e se colocar acima dos próprios partidos e ouvir críticas da oposição. Seja Serra ou Dilma, teremos um Lulla III. Isso é escolha?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para um sorriso radiante...

Doramad: para um sorriso radioativo.
Antigamente, até meados do século passado, acreditava-se que a exposição à radiação era benéfica à saúde. Vários produtos radioativos poderiam ser encontrados nas farmácias — até pastas de dentes. Uma das mais famosas e mais longevas foi a marca alemã Doramad, produzida até 1945. A Doramad continha pequenas quantidade de tório, na forma de hidróxido de tório. Eis uma amostra da propaganda da Doramad:
Sua radioatividade aumenta as defesas dos dentes e das gengivas. As células são carregadas com nova energia vital. As bactérias aniquiladas por seu efeito destrutivo. Isso explica a excelente profilaxia e cura de doenças gengivais. O esmalte dentário é gentilmente polido e torna-se branco e brilhante. Uma espuma maravilhosa e um novo, agradável, suave e refrescante sabor.
Além da Doramad, a mesma fabricante ainda oferecia outro "sabor" radioativo: a Radiogen continha rádio. Rezam as lendas que espiões americanos teriam descoberto a importação de tório para a Alemanha durante a ocupação da França. Ao investigar o destino da carga, eles não encontraram os laboratórios da Bomba-A alemã —  em vez disso, acharam a fábrica da Doramad.


doramad
Kit Doramad: O estado da escova — ainda de madeira, em contraste com um "moderno"
dentifrício radioativo — não é muito animador.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Em uma palavra [27]

Deponticação ou depontificação
s.f. Ato de lançar ou jogar algo ou alguém de uma ponte. "Todos viram a deponticação do suicida." "Depontificação de ônibus mata 20 crianças" [formado do latim pons, pontis, ponte por comparação com defenestração] Deponti(fi)car, verbo.

Há quem diga que a primeira forma é correta, tendo em vista que a segunda é claramente formada a partir de pontifex, pontífice (aquele que faz pontes).

domingo, 24 de outubro de 2010

Uma história natural dos 10 mandamentos

Thompson Seton queria provar que os 10 mandamentos "não são um conjunto de regras arbitrárias",
mas a "base do comportamento de todos os animais superiores." Ele não conseguiu.

Pioneiro do escotismo, o naturalista escocês naturalizado americano Ernest Thompson Seton (1860-1946) amava tanto a Deus quanto aos animais. Por isso, em 1907, ele escreveu um livro para provar que, como também são filhos de Deus, os animais também seguem os 10 mandamentos:

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Segredo de Fermat



Certa vez, Marsenne escreveu para Fermat, perguntando se 100.895.598.169 era um número primo ou não.

Fermat respondeu imediatamente, dizendo que aquele número era primo, pois é o produto de dois primos: 898.423 e 112.303.

Até hoje ninguém sabe como ele sabia disso ou como descobriu. Será que Fermat levou para o túmulo uma poderosa técnica de fatoração (ou seria fermatação?) ainda desconhecida?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Em uma palavra [26]

sialoquência ou sialoqüência
subst. fem. ato de espirrar saliva ao falar. "A sialoquência do professor afastava os alunos." [do grego sialo, saliva e do latim loquente, falante] Sialoquente (qüe) ou Sialoquaz, adj.

Isso é típico de quem não pratica a pauciloquência.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mariquinhas

macfam
O nome da menininha é Douglas MacArthur e ela será General durante a II Guerra Mundial.
 
A mãe do General Douglas MacArthur vestia-o com saias, blusas e manteve seus cabelos com cachinhos até ele completar 8 anos. E Franklin Rooselvelt, quatro vezes presidente e chefe de MacArthur, também foi criado com cachinhos até os ombros e saias curtas “pois ele adorava chutar e sentir-se livre para se mover.”

A mãe do poeta Rainier Maria Rilke havia perdido uma filha um ano antes dele nascer. Depois, ela batizou o filho de René Maria, vestia-o como uma garotinha e penteava seus cachinhos até os 5 anos.

“Eu tinha que vestir belos vestidos longos”, declarou Rilke mais tarde, “e até eu começar a ir para a escola eu era quase uma garotinha. Acho que minha mãe brincava comigo como se eu fosse uma grande boneca.”

domingo, 17 de outubro de 2010

O Paradoxo do Cara da TV a Cabo

Bem, você está cansado de ver TV aberta nos fins de semana e tem alguma grana sobrando.  (Digo você por que a parte da grana sobrando não é o meu caso. Mas dizia eu que a paradoxo...) Então você liga para alguma operadora de TV a cabo (ou por satélite, dá no mesmo) e pede a instalação de um ponto em sua casa. Ficou combinado que o Cara da TV a Cabo virá amanhã entre as 8 da manhã e as 4 da tarde. Vamos apostar se ele vem de manhã ou à tarde.

Os dois períodos têm quatro horas de duração, então parece racional tratar as possibilidades como equivalentes, isto é, 50-50%. Mas suponha que você apostou que o Cara da TV a Cabo viria de manhã. No momento em que o relógio passar das 08h00, o período da manhã começará a se esgotar, diminuindo suas chances e tornando a tarde cada vez mais preferível. Assim, o paradoxo é que o seu "eu" atual considera as duas eventualidades como igualmente possíveis, mas para o seu "eu" do futuro isso não é racional, pois as possibilidades são diferentes. Isso afeta a decisão que você toma agora?

sábado, 16 de outubro de 2010

Conflitos Esquecidos [6] — A Batalha de Talas

Representação chinesa da Batalha de Talas

Batalha de Talas (maio-setembro de 751). Apesar do nome, não foi uma batalhas entre exércitos de braços engessados. Confronto entre os árabes do Califado Abássida e os chineses da Dinastia Tang pelo controle do Rio Syr Darya, na Ásia Central. Duzentos mil muçulmanos lutaram contra 10.000 chineses e 20.000 mercenários Karluks. No desenrolar do confronto, os Karluks, mercenários que eram, mudaram de lado e os chineses foram duramente derrotados.

Essa batalha teve duas consequências importantes. A mais imediata foi a islamização da Ásia Central, inclusive da minoria Uigur, que ainda vive na China. Mas mais importante foi a contratação de Sun-Tzu para chefiar o exército chinês. a captura de diversos prisioneiros de guerra chineses pelos árabes. Segundo a historiografia árabe, foram esses chineses cativos que revelaram o processo de fabricação de papel — uma mídia que revolucionaria o mundo islâmico e, mais tarde, a Europa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Declaração de Independência FAIL



O rascunho original da Declaração de Independência dos Estados Unidos poderia ter abolido a escravidão logo após o 4 de julho. Thomas Jefferson denunciava o rei da Inglaterra pelo tráfico de escravos:
Ele [o rei George III] moveu uma guerra contra a própria natureza humana, violando-a em seus mais sagrados direitos de vida & liberdade de pessoas de um povo distante, que jamais o ofenderam, mas que são cativadas e carregadas à escravidão em outro hemisfério, ou condenadas à morte miserável em seu transporte.
Antes de aprovar a Declaração e transformar treze colônias em Estados Unidos, o Congresso Continental resolveu vetar a passagem anti-escravista. O assunto só foi resolvido setenta anos depois e da pior maneira possível: com uma Guerra Civil que quase dissolveu a União.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mais simples do que parece

Para multiplicar 1.639.344.262.295.081.967.213.114.754.098.360.655.-737.704.918.032.787 por 71, tudo o que você deve fazer é colocar outro 1 no começo e outro 7 no final.
— Samuel Isaac Jones, Mathematical Wrinkles [Estrias Matemáticas], 1929
E a lição de casa é deixar um comentário com os números envolvidos na operação escritos por extenso...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Montaigne e a força do hábito


Roubemos espaço aqui para uma história. Um fidalgo francês sempre se assoava com a mão — coisa muito avessa ao nosso costume. Acerca disso, defendendo sua atitude (e era famoso pelos ditos espirituosos), ele perguntou-me que privilégio tinha aquela excreção para que lhe fôssemos preparando um belo lenço delicado a fim de recebê-la e depois, o que é pior, empacotá-la [no lenço] e guardá-la cuidadosamente em nós; que isso devia causar mais horror e náusea do que vê-la ser lançada fora de qualquer maneira, como fazemos com as outras excreções. Achei que ele não falava totalmente sem razão e que o costume me eliminara a percepção dessa extravagância, que no entanto consideramos tão horrível quando é narrada a propósito de um outro país.

— Michel de Montaigne, Do costume e de não mudar facilmente uma lei aceita. in: Ensaios, Livro I (1595)
Estou lendo, ainda que lentamente, Montaigne. À parte sua inevitável linguagem quinhentista e as diversas citações latinas e até gregas, achei Montaigne muito parecido com um blogueiro. Seus escritos foram originalmente criados apenas como uma espécie de diário, de auto-retrato de seu pensamento.

Com uma ampla gama de temas — do hábito de assoar o nariz aos índios da América e à educação das crianças — exemplificados por experiências do autor ou de conhecidos seus, os Ensaios de Michel de Montaigne (1533-1592) foram inovadores justamente por sua diversidade e sua brevidade (em relação aos outros textos filosóficos da época). 

Os ensaios começaram a ser escritos em 1572, mas foram publicados pela primeira vez em dois volumes em 1580. Na segunda edição, em 1588, foram feitos inúmeros acréscimos e saiu um terceiro volume. A terceira edição, de 1595, já póstuma foi baseada em rascunhos manuscritos feitos por Montaigne em um exemplar de 1588.

Quanto à filosofia, Montaigne não cria uma escola de pensamento pois não é um moralista ou um doutrinador. Como se nota em seus Ensaios, ele preocupa-se mais em levantar perguntas do que dar respostas ou apresentar as coisas como certas ou erradas. Embora seja cristão, mantém-se cético diante de relatos de milagres, de misticismos e crendices. Igualmente, mostra-se bastante indiferente às divisões religiosas de sua época. Assim, ele pode ser considerado o pai do livre-pensamento moderno.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pergunta Eternamente Inquietante

Em que unidade se mede o fluxo do tempo? Segundos por — o quê??
Isso explica por que o capacitor de fluxo (e a viagem no tempo) ainda não foi inventado. Não sabemos nem como medir a passagem do tempo...

domingo, 10 de outubro de 2010

Sopa de Letrinhas

Qual é uma palavra de quatro letras para outra palavra de quatro letras que tem três letras e ainda tem cinco, enquanto tem oito letras e mais raramente tem nove, mas nunca se escreve com cinco letras?
Vamos ver se vocês advinham. Só vou publicar a solução depois que aparecerem respostas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Blasfêmias?

Convenção do PCC e Concílio Católico (abaixo):
semelhanças vão além dos cerimoniais...
...Ambas as instituições se consideram
poderosas, mas adoram se vitimizar ao menor sinal de oposição.

Esta semana foi marcada por assim chamadas "blasfêmias" cometidas pela Comissão do Prêmio Nobel. Na segunda, a Igreja Católica — que tanto diz defender a vida — protestou contra a indicação de Robert Edwards, criador do método de fertilização in-vitro para o Nobel de Medicina/Fisiologia. Em seguida, foi o governo chinês, outra organização obscura, retrógrada (e revelando seu lado religioso) protestou — dessa vez contra a premiação do dissidente pró-democracia, Liu Xiaobo com o Nobel da Paz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A quem interessar possa...


Ao visitar a França como embaixador das Treze Colônias em 1777, Benjamin Franklin recebia centenas de pedidos de franceses entusiasmados com a Revolução Americana e loucos para lutar pelo exército de Washington. Para não perder tempo respondendo todas as cartas, Franklin fez o que muitas empresas fazem hoje: uma resposta-padrão cheia de enrolação. Mais do que isso, era uma "carta de recomendação de uma pessoa que você não conhece."
Sir — O portador desta, que está indo para a América, pressiona-me por uma carta de recomendação, mesmo que eu não saiba nada sobre ele, nem mesmo seu nome. Isso pode parecer extraordinário, mas eu garanto-lhe que isto não é incomum por aqui. Aliás, às vezes uma pessoa desconhecida traz outra pessoa igualmente desconhecida para recomendar e há vezes em que se recomendam mutuamente! Quanto a este cavalheiro, devo recomendá-lo pelo seu caráter e mérito, os quais ele certamente conhece mais do que eu posso. Eu recomendo-o, entretanto, para aquelas civilidades que todo estrangeiro, do qual não se conhece dano, tem direito a, e peço-lhe que você dê a ele todos os bons ofícios e mostre a ele todo o favor que, ao conhecê-lo, você verá que ele merece. Com a honra de ser, &c.
Evidentemente, é possível que muito francesinho tenha recebido isso achando que fosse um documento legítimo e sério. Como muito cliente que faz alguma reclamação hoje em dia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Paradoxo da Etiqueta

Este paradoxo foi o @MolaMolera que me apresentou, logo após uma experiência que ele teve na cantina da Faculdade. A situação pela qual ele passou demonstra perfeitamente como as regras de etiqueta não respeitam nenhuma lógica e não são nem mesmo auto-consistentes. O problema é o seguinte: Se você está comendo enquanto o seu suco é servido, você deve agradecer?

Suponha que exatamente no momento em que seu suco é servido, você já está mastigando seu salgado. Nesse caso, como você pode manter a etiqueta? Se você quiser ser gentil, vai ter que dizer "Obrigado" de boca cheia; se quiser ser educado, vai passar por mal-educado, pois não vai abrir a boca para agradecer.

Ok, é uma situação um tanto improvável, já que na maioria dos casos ou o suco e a refeição chegam juntos ou o suco é servido primeiro. Mas ainda assim, é uma situação perfeitamente possível. O salgado já estava pronto e você pediu um suco natural, não um daqueles de garrafinha. A saída mais correta, do ponto de vista social, parece ser falar de boca cheia mesmo. De que adianta manter a pose se isso pode te fazer parecer o oposto do que você deseja?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Em uma palavra [25]

horríssono
adj. relativo a um som assustador e de grande intensidade. "Um grito horríssono vindo do porão chamou a atenção dos vizinhos para o crime."

Crazy Frog

sapoajuda

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eletroterapia intensiva

Mr. Samuel Leffers, do condado de Carteret, na Carolina do Norte, sofria com uma paralisia na face, especialmente nos olhos. Enquanto ele estava andando para sua casa um raio derrubou-o, deixando-o desacordado. Vinte minutos mais tarde, ele voltou a si, mas só conseguiu recobrar seus movimentos à noite. No dia seguinte, ele se encontrava perfeitamente curado e agora era capaz de escrever sem o uso de espetáculos [óculos].
The Cabinet of Curiosities [O Gabinete de Curiosidades], 1824.

Mr. Leffers não sobreviveu: ele pegou no tranco. E cirurgia oftalmológica a laser é para os fracos.

domingo, 3 de outubro de 2010

William Cavendish, o Duque Tímido

Como diz a sabedoria popular, "Apenas os pobres são loucos; os ricos são 'excêntricos'." E o nobre inglês William John Cavendish-Scott-Bentinck (1800-1879) certamente é um desses casos de "excentricidade".

Quando herdou o ducado de Portland, em 1854, Bentinck retirou-se para sua propriedade em Nothinghamshire, onde enfurnou-se na ala oeste e mandou pintar todas as outras salas de pink.

Mas isso era só o começo. Aparentemente, o duque foi dominado por um caso extremo de timidez patológica. William mandou instalar caixas de correio em todas as portas e jamais permitia a entrada de pessoas, muito menos de médicos. Seus empregados nunca deviam perceber sua presença e apenas um mordomo poderia vê-lo em pessoa. Um de seus empregados o reconheceu e o cumprimentou uma vez, mas como havia percebido a presença do patrão, foi imediatamente demitido.

O Duque não saía de casa; ele descia. Cavendish usou centenas de operários para criar um vasto conjunto subterrâneo, também todo pintado de pink, com uma biblioteca, um salão de jogos cheio de mesas de bilhar, um observatório e 15 milhas (24 km) de túneis — um dos quais era largo o bastante para acomodar duas carruagens.

Ninguém sabe o que ele fazia lá embaixo. O salão de dança tinha um elevador hidráulico capaz de carregar até 20 pessoas, mas Mr. Cavendish-Scott-Bentick nunca convidava ninguém para dançar.

Nas raras vezes em que saía, Cavendish o fazia à noite, sempre precedido por um servo que carregava uma lanterna, mas que deveria manter-se 40 jardas à frente de seu senhor. Se fosse necessário sair de dia, o 5º. Duque de Portland escondia-se sobre dois pesados casacos com capuz, uma cartola altíssima, um grande colarinho sempre levantado e um enorme guarda-chuva, atrás do qual ele se abrigava sempre que alguém lhe dirigia a palavra.

sábado, 2 de outubro de 2010

Trava-dedos

Se você não pode falar, nunca vai precisar enrolar a língua com palavras complicadas, como os trava-línguas. Certo? Errado! Como qualquer língua, a linguagem de sinais também tem suas expressões problemáticas.

Um exemplo vem da Linguagem de Sinais Americana, a ASL: dizer "Good blood, bad blood" é tão difícil com as mãos quanto é com a língua.

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