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segunda-feira, 31 de março de 2008

O Erro de Hitler

Muito se fala sobre os erros militares de Adolf Hitler. O mais comentado talvez seja a invasão da União Soviética em pleno inverno. De fato, a batalha que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial - a primeira grande derrota de Hitler - ocorreu em solo soviético: a Batalha de Stalingrado (1942). Entretanto, pouca gente presta atenção a um erro puramente estratégico que Hitler cometeu antes mesmo de invadir a Polônia: a perseguição aos judeus.

Hitler começou a formular suas idéias de perseguição aos judeus durante o período em que esteve preso após o frustrado Putsch de Munique (1923) . Suas idéias resultaram num livro, Mein Kampf (Minha Luta). Considerado a Bíblia do nazismo, o livro é explicitamente anti-semita.

Após chegar ao poder, em 1933, Hitler liderou a Alemanha numa marcha progressiva contra os judeus. Primeiro foram boicotes aos negócio judaicos. Em seguida, suspensão dos direitos civis dos judeus. Logo, havia uma perseguição metódica e generalizada, que ocupava muitos militares alemães.

Como se sabe, o líder nazista também tinha planos expansionistas e também era anti-comunista. Na Conferência de Munique, em 1938, Hitler conseguiu anexar a Checoslováquia sob as bênçãos da Inglaterra de Neville Chamberlain e a França de Édouard Daladier . França e Inglaterra eram países democráticos. Por que, então, colaboraram com o Estado Nazista? Por que também são países capitalistas.

A chamada política de apaziguamento foi promovida pela Inglaterra e pela França na esperança de que a guerra que se avizinhava fosse uma guerra contra a União Soviética. Evidentemente, as coisas não foram bem assim, e o que tivemos foi uma nova guerra mundial.

Mas, e se Hitler não tivesse liderado o Holocausto? Pensem no que seria da Alemanha nazista sem a perseguição aos judeus. E se Hitler tivesse devotasse todo o seu ódio aos comunistas? Ele não teria perdido tempo nem dinheiro com uma perseguição puramente religiosa. Também não teria ocupado seus melhores estrategistas militares com a procura da Solução Final. Ele poderia ter tido o apoio das potências capitalistas numa guerra contra a União Soviética. Imaginem a França e a Inglaterra apoiando o rearmamento da Alemanha em troca de um pacto de não-agressão. Hitler não lutaria sozinho contra os soviéticos e talvez ainda ganhasse os territórios que desejava.

Além disso, sem a perseguição aos judeus, a Alemanha nazista poderia contar com uma elite intelectual judia que incluía, entre outros Albert Einstein. É provável que, se fosse assim, a bomba atômica tivesse sido desenvolvida pelos alemães e lançada sobre Moscou. A guerra talvez não fosse tão longa nesse cenário.

E haveria outras consequências. Se a URSS fosse completamente derrotada, não haveria Guerra Fria. E sem uma perseguição brutal, os judeus não conseguiriam apoio internacional para a criação de seu próprio estado em território palestino. Isso seria completamente desnecessário. Ou seja: sem o longo conflito árabe-israelense não haveria terrorismo islâmico.

Assim, se uma perseguição religiosa não tivesse ocorrido, o mundo seria, muito provavelmente um lugar muito mais seguro. E Hitler seria visto da mesma forma que vemos hoje Churchill e Roosevelt.

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